Em (Efésios 1:3–14), o apóstolo Paulo inicia sua carta com um linda e extenso texto, é a benção de Deus na carta aos Efésios. A passagem inteira com doze versículos expõe uma sentença contínua na língua grega original.
A impressão é que Paulo derrama declarações da bênção de Deus quase que sem parar até para respirar.
A benção de Deus
Ele começa: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou nas regiões celestiais com todas as bênçãos espirituais em Cristo” (versículo 3).
Conteúdo
Redenção
O curioso é que cada bênção espiritual refere-se a todos os dons concebíveis a partir da redenção (Rm 3:23-24) que os cristãos recebem ao “aceitar” a Jesus Cristo, momento este quando o ser humano entende o plano de salvação e decide por livre e espontânea vontade se render a Cristo, e assim, declarando como único e suficiente Salvador.
O Espírito de sabedoria e de revelação
Paulo faz uma referência intencional à Trindade em (Efésios 1:3–14) e novamente no versículo 17. Deus, o Pai, é o originador e a fonte de toda bênção espiritual. A esfera ou escopo desses dons está “em Cristo”.
Somente por meio de nossa identificação, entrega (negar a si mesmo) e união com o Filho de Deus podemos receber Suas bênçãos incalculáveis.
E a natureza dos dons é espiritual. O Espírito Santo é o executor que aplica a obra de Cristo em nossos corações e vidas.
Eleitos e Filhos
Paulo prossegue descrevendo “todas as bênçãos espirituais”. Primeiro, temos o privilégio de Deus de sermos eleitos e para a adoção de filhos por meio de Jesus Cristo” (Efésios 1:4–5).
Assim como o Senhor escolheu Israel para ser Seu tesouro o Seu povo, Ele escolheu os crentes para receber a grande honra e privilégio de se tornarem Seus amados filhos espirituais por meio do sacrifício redentor de Jesus Cristo.
Chamados de Filhos
Nosso Pai celestial nos ama tanto que “ele nos chama de filhos, e é isso que somos!” (1 João 3:1)Essa é a benção de Deus.
A Graça
Em seguida (Efésios 1:6–8), Paulo apresenta o dom da “graça gloriosa” de Deus.
Ele “derramou” sobre nós, que pertencemos ao seu amado Filho, Sua bondade, juntamente com toda a sabedoria e entendimento.
Ele é tão rico em bondade e graça que comprou nossa liberdade com o sangue de seu Filho e perdoou nossos pecados.
Aqui tem uma situação curiosa e interessante, todo Cristão considera Cristo seu Senhor, ser servo de um Senhor sob uma condição de liberdade, ou seja, o Cristão é tão livre que por sua própria iniciativa decide ter a Cristo por seu Senhor.
O Servo da orelha furada
Durante o período do Velho Testamento, Deus estabeleceu leis claras que regulavam a prática da escravidão.
Em Êxodo 21.1-6, encontramos disposições específicas sobre essa lei que os senhores de escravos deveriam observar.
Conforme estabelecido, se um hebreu comprasse outro hebreu como escravo, o período máximo de escravidão seria de seis anos. No sétimo ano, o escravo deveria ser liberado para seguir seu próprio caminho.
No entanto, caso o escravo não desejasse partir, seu dono deveria comparecer perante os juízes na porta da cidade para oficializar essa decisão.
Se o escravo confirmasse sua escolha de permanecer como servo de seu Senhor, um ritual era realizado.
O Senhor pegava uma sovela e furava a orelha do escravo, simbolizando que a partir daquele momento ele seria um “escravo de orelha furada“.
Essa marca distinta tornava evidente a todos que o viam com a orelha furada sabiam o que era representado por ela.
A Provisão
Nosso Pai celestial é rico em graça, bondade, perdão, liberdade, sabedoria e entendimento, e nestes atributos Ele nos torna ricos, em Jesus Cristo, Seu Filho.
Por esta razão, Paulo podia dizer: “E o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades de acordo com as riquezas da sua glória em Cristo Jesus” (Fp 4:19).
Remissão
Certamente que todos os versículos tem sua devida importância, todavia, cabe destacar aqui o verso 7, onde “temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados”.
A palavra grega traduzida como “redenção” aqui se refere ao ato de fazer o pagamento integral para libertar uma pessoa escravizada.
Quando cremos em Jesus e O recebemos como Senhor e Salvador, nossos pecados são perdoados, pagos por Sua morte na cruz (Mt 26:27–28; Cl 1:14).
A morte de Cristo satisfaz as exigências de Deus, libertando-nos do pecado e da sentença de morte a ele associada (“O salário do pecado é a morte” Rm 6:23;) (Rm 8:1–2 ) logo, “não há nenhuma condenação”, e tornando-nos “santos e irrepreensíveis diante dEle” (Ef 1:4).
Judeus e gentios
Outra bênção espiritual em Cristo é que Deus “nos dá a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que ele propôs em Cristo, para ser posto em prática quando os tempos chegarem ao seu cumprimento – para trazer unidade a todas as coisas no céu e na terra sob Cristo” (Ef 1:9–10).
Paulo está falando aqui sobre o mistério divino da igreja do Novo Testamento, que anteriormente era mantido em segredo, mas agora é revelado em Jesus Cristo (Cl 1:26–27).
O plano de Deus é que judeus e gentios compartilhem igualmente do evangelho da salvação e formem um novo povo unido em Jesus Cristo (Ef 1:12–13 ; 3:3 , 5–6 ,9).
Selo da identificação da propriedade
Cada bênção espiritual também inclui a verdade de que obtivemos uma herança celestial (Ef 1:11–14). Por enquanto, estamos “selados com o prometido Espírito Santo, que é a garantia de nossa herança até que a possuamos, para louvor de sua glória” (versículos 13–14).
Somos marcados com o selo de Deus — o Espírito Santo — que nos dá segurança espiritual e prova de propriedade.
Todo louvor a Deus
Toda bênção de Deus, espiritual descrita nos versículos citados da carta aos Efésios, abrange todos os dons do Espírito Santo dados por Deus Pai àqueles que experimentaram Sua salvação em Jesus Cristo.
Os crentes em Jesus não têm falta de motivos para louvar a Deus pelas abundantes bênçãos espirituais que recebe em Cristo.
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