Neste artigo, vamos estudar a Esperança e seu significado Bíblico. Há duas formas distintas de esperança: a esperança convencional ou temporal e a esperança dos crentes.
De maneira geral, a esperança é um estado mental ou sentimento de expectativa em relação a um resultado futuro, seja algo desejado que almejamos que ocorra, ou algo indesejado que torcemos para que não se concretize.
No contexto da esperança convencional ou temporal, ela está sujeita às incertezas e instabilidades deste mundo passageiro.
Conteúdo
Esperança no contexto Bíblico
Podemos nutrir esperanças de conquistas materiais, sucesso profissional ou realização de desejos terrenos, mas essas expectativas estão sujeitas às mudanças e imprevisibilidades da vida.
Por outro lado, a esperança dos crentes é fundamentada em princípios espirituais e nas promessas divinas registradas na Bíblia. É uma confiança inabalável de que Deus é fiel para cumprir o que prometeu.
Esperança Temporal
A esperança secular é uma expectativa subjetiva, que pode ser solidamente fundamentada ou equivocada, mas não leva em conta a vontade de Deus.
Nesse tipo de esperança, aguardamos coisas que desejamos, como um emprego almejado ou o casamento com alguém especial.
Também nutrimos expectativas de resultados positivos, como o retorno seguro de um filho ao lar ou a ausência de doenças.
Contudo, a esperança mundana não é uma virtude em si, pois frequentemente está impregnada de incertezas, dúvidas e preconceitos pessoais.
Além disso, pode ser direcionada de forma egoísta.
Essas passagens bíblicas (1 Timóteo 6:17 / Provérbios 10:28) nos incentivam a depositar nossa esperança em Deus, e não nas coisas incertas e passageiras deste mundo.
Esperança Sem Dúvida
A definição bíblica de esperança é a “expectativa segura e confiante de receber o que Deus nos prometeu, no futuro”.
A esperança do crente não é um desejo fraco ou obscuro, mas é comparada a “uma âncora para a alma, firme e segura” (Hebreus 6:19).
Nas Escrituras, a esperança é considerada uma qualidade virtuosa, pois não contém dúvidas, sempre confiando na fidelidade e presença de Deus, independentemente das circunstâncias, sejam boas ou más (Salmos 71:5).
Uma Virtude
O apóstolo Paulo destaca a esperança como uma das três virtudes cristãs indispensáveis, juntamente com a fé e o amor (1 Coríntios 13:13).
No entanto, o amor é considerado o maior desses valores, pois é altamente valorizado por Deus (1 Coríntios 13:13) e é eterno (1 Coríntios 13:8).
Esperança e Fé
Esperança e fé estão intimamente ligadas, pois ambas operam com base na confiança em Deus e em viver de acordo com o que não se vê.
O autor de Hebreus explica que “a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção das coisas que não se veem” (Hebreus 11:1).
Em relação à esperança, Paulo argumenta: “Mas a esperança que se vê não é esperança alguma. Quem espera pelo que já têm?” (Romanos 8:24).
Assim como a fé, a esperança é construída sobre nossa confiança inabalável na bondade e no poder de Deus para cumprir o que Ele diz que fará, devido ao Seu amor infalível por nós (Salmo 33:18; 146:5).
Essa confiança nos faz declarar sobre nosso Salvador: “Ninguém que espera em ti será confundido” (Salmos 25:3).
Esperança Bíblica
A esperança bíblica, assim como a fé, nos permite tomar posse aqui e agora das boas promessas de Deus que ainda estão por vir.
Os cristãos utilizam a palavra “esperança” em ambos os sentidos. Por exemplo, um pastor pode dizer: “Espero que o sermão de hoje o abençoe”.
O apóstolo Paulo escreveu: “Espero vê-lo” (Romanos 15:24) e “espero ir vê-lo em breve” (1 Timóteo 3:14) em suas cartas aos irmãos na fé.
O apóstolo Pedro explica que Deus “nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3).
Temos a “esperança da vida eterna, a qual Deus, que não mente, prometeu antes dos tempos eternos” (Tito 1:2).
A Bíblia nos assegura com toda a certeza: “Escrevo estas coisas para vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que saibam que têm a vida eterna em Cristo Jesus” (1 João 5:13).
A Causa da Esperança
A esperança de Paulo em relação ao seu futuro eterno era tão firme que ele estava disposto a suportar o sofrimento e até mesmo morrer por essa causa.
Ele afirmou: “Estou sendo julgado por causa da esperança da ressurreição dos mortos” (Atos 23:6; ver também Atos 26:6).
Paulo ressaltou que, sem a fé e a esperança na promessa de Deus da vida ressurreta, os cristãos seriam “mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15:19).
O Objeto da Esperança
A definição bíblica de esperança não se limita apenas ao ato de ter expectativas confiantes, mas também ao objeto desta esperança – “Cristo Jesus, nossa esperança” (1 Timóteo 1:1).
O salmista expressa: “Pois tu tens sido a minha esperança, Soberano Senhor, a minha confiança desde a minha juventude” (Salmos 71:5).
Jesus Cristo é a “esperança de Israel” (Jeremias 14:8; Atos 28:20) e também é a esperança de todas as nações e povos (Isaías 42:4; Mateus 12:21; Romanos 15:12–13; 1 Timóteo 4:10).
A Certeza da Esperança
Ter esperança apenas temporal nas pessoas e coisas desta vida equivale, na verdade, a viver em um estado de desesperança, como descrito em Efésios 2:12: “sem esperança e sem Deus no mundo“.
Por outro lado, a esperança do crente é inabalável e não pode ser frustrada ou impedida por nada nesta vida.
Temos a certeza do que está guardado com segurança para nós no céu (Colossenses 1:5), onde nossos tesouros são protegidos (Mateus 6:19–20).
Bom artigo!
ótimo, muito bem explicado