Gálatas 2:20 é uma passagem bastante conhecida com implicações profundas: “Fui crucificado com Cristo e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.
A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” Esta declaração de identidade destaca a realidade daqueles que confiaram no Filho de Deus.
Cristo vive em mim: Gálatas 2:20
Devemos entender o que Paulo quis dizer nesta passagem e sua relevância nos dias de hoje.
Contexto e Significado de Gálatas 2:20
Primeiro, vamos examinar o contexto. O livro de Gálatas destaca a salvação pela graça mediante a fé, recusando a ideia de salvação pelas obras. E
sse argumento se estende além da justificação, focando também no estilo de vida cristão. A igreja primitiva enfrentou um grande conflito, pois alguns judaizantes afirmavam que os cristãos gentios precisavam ser circuncidados para serem aceitos por Deus (veja Atos 15).
Alguns crentes gentios estavam cedendo a essa pressão, levando Paulo a escrever esta carta. No capítulo 2, Paulo relata sua visita a Jerusalém para se encontrar com os líderes da igreja. Em seguida, ele confronta Pedro por hipocrisia, e então apresenta Gálatas 2:20.
A afirmação “Cristo vive em mim” possui um significado teológico profundo. Ao nascermos de novo, nos tornamos unidos a Cristo em Sua vida, morte e ressurreição.
Compreender essa união com Jesus elimina a necessidade de restabelecer o antigo sistema de observância da lei. Paulo detalha essa união em sua carta aos Romanos:
Vocês não sabem que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados em sua morte? Assim, fomos sepultados com Ele na morte pelo batismo, para que, da mesma forma que Cristo foi ressuscitado dos mortos pela glória do Pai, possamos viver uma nova vida.
Se fomos unidos a Ele em uma morte semelhante, certamente também o seremos em uma ressurreição semelhante.
Sabemos que o nosso velho eu foi crucificado com Ele para que o corpo do pecado fosse destruído, e não sejamos mais escravos do pecado; pois quem morreu está justificado do pecado.
Se morremos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, tendo sido ressuscitado dos mortos, não pode mais morrer; a morte não tem domínio sobre Ele.
A morte que Ele morreu, foi para o pecado de uma vez por todas; mas a vida que Ele vive, é para Deus. Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. (Romanos 6:3–11).
A União com Cristo e o Verdadeiro Entendimento da Graça
Nossa união com Cristo resolve uma objeção comum ao conceito de graça. Se somos justificados pela fé em Cristo e não pela obediência à lei, isso significa que podemos ignorar todas as restrições morais e viver como quisermos?
Afinal, onde o pecado aumentou, a graça superabundou ainda mais (Romanos 5:20). A resposta está em nossa nova identidade, baseada em nossa união com Cristo. Nos identificamos com Ele e vivemos para Deus, seguindo o exemplo de Cristo.
Além disso, o Espírito Santo, enviado pelo Filho, habita em nós. É através dessa conexão sobrenatural com o Espírito que estamos unidos a Cristo.
Nossas vidas não são mais vividas para nós mesmos; em vez disso, seguimos a Cristo sob a influência do Espírito, trazendo glória ao Pai.
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Identidade em Cristo: Mudanças no Estilo de Vida
Nossa identidade em Cristo também tem profundas implicações pessoais. Crer que Cristo vive em nós significa que O representamos aqui na Terra, apesar de nossas imperfeições.
Isso deve resultar em uma transformação em nosso estilo de vida, pensamentos, desejos, caráter e metas. Até mesmo a forma como lidamos com as tarefas cotidianas deve refletir essa mudança.
Imagine um jovem que se casa: seu novo status naturalmente leva a mudanças no seu modo de viver, comportamento e atitude; caso contrário, haveria uma falta de alinhamento entre suas ações e sua nova condição.
Da mesma forma, um relacionamento com Jesus transforma todas as áreas de nossa vida. Passamos a ser Seus seguidores, aprendendo e aplicando Seus ensinamentos, amando o que Ele ama e rejeitando o que Ele desaprova.
Nosso objetivo é nos tornar cada vez mais semelhantes a Ele (Romanos 8:29; 2 Coríntios 3:18; 1 João 2:6).
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